Programa de Rádio Jesus te AMA!!!

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domingo, 12 de setembro de 2010

Ser católico, firme na fé.


Uma das freqüentes acusações que nós católicos sofremos é a de prática de idolatria devido à existência de imagens de santos, anjos, Jesus e de nossa querida virgem Maria dentro de nossa Igreja. O uso da Palavra como fonte de acusação, se estudada mais profundamente dá-se a total certeza de que Deus não nos proíbe de confeccionar imagens, mas sim de adorá-las no lugar do verdadeiro Deus. Uma das passagens preferidas para nos acusar de idolatria segue:

Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto. Eu sou o Senhor, teu Deus, um Deus zeloso que vingo a iniqüidade dos pais nos filhos, nos netos e bisnetos daqueles que me odeiam…“. (Êxodo 20,4-5)

Bom, há necessidade de uma reflexão um pouco inteligente nessa belíssima passagem da bíblia. Se observarmos, os Hebreus ficaram no Egito por aproximadamente 430 anos e se acostumaram à sua cultura daquele país, que era de culto e adoração a animais, faraós e outros objetos considerados divindades. Em virtude disso Deus usou dessa palavra não para que não fossem confeccionadas imagens simplesmente, mas para que elas não fossem confeccionadas como fonte de adoração, pois naquele momento Deus já estava conduzindo seu povo para Ele próprio através de adoração exclusiva. Se observarmos um pouco mais a frente na bíblia em Êxodo 32, os Israelitas confeccionam um bezerro de ouro para adoração, comprovando o costume cultural.

Ainda no mesmo livro podemos verificar que Deus da uma ordem para construção de imagens para que a glória dEle pudesse ser contemplada:

Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. Farás um querubim na extremidade de uma parte, e outro querubim na extremidade de outra parte; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele.” (Êxodo 25,18-19).

“Ali virei ter contigo, e é de cima da tampa, do meio dos querubins que estão sobre a arca da aliança, que te darei todas as minhas ordens para os israelitas.” (Êxodo 25,22).

Tanto é assim que o mesmo Deus mandou Moisés fazer uma serpente de bronze, que foi colocada em um suporte e, vendo-a, os hebreus ficavam curados de suas feridas. Esta imagem da serpente era prefigurativa de Jesus pregado na cruz: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem, para que todo o homem que nele crer, tenha a vida eterna” (João 3,14s).

Contudo, vemos que a proibição de imagens refere-se à imagem dos deuses estrangeiros e não de qualquer espécie de desenho, pintura ou escultura. Trata-se de ídolos e de figuras de deuses falsos que tomavam formas de pessoas, animais, astros, etc e eram adorados como se estas fossem o próprio Deus. Hoje somos acusados de Adorar imagens de santos, porém é necessário que saibamos definir bem duas palavras:

ADORAR: do grego (λατρεια, "latreuo" que significa "adorar"), latria é um termo teológico utilizado pelas Igrejas Católica e Ortodoxa que significa o culto de adoração devida e dada somente a Deus, ou seja, à Santíssima Trindade;

VENERAR: do grego (δουλεια, "douleuo" que significa "honrar"), no cristianismo Dulia é um termo teológico que significa a honra o e culto de veneração devotado aos santos. A veneração especial devotada a Maria chama-se hiperdulia (‘υπερδουλεια).

Quando utilizamos de imagens de Santos e anjos, não as usamos para adorá-las como Deuses, mas as usamos para venerá-las. As imagens sempre serviram para testemunhar a fé católica, por que proclamamos as maravilhas que a graça de Deus operou na vida daquele que se é representado na imagem. Pessoas importantes na nossa Igreja, os quais posteriormente foram santificados, também eram defensores da utilização de imagens na Igreja:

· São João Damasceno, doutor da Igreja, grande defensor das imagens no Concilio de Nicéia II, disse: “O que a Bíblia é para os que sabem ler, a imagem o é para os iletrados” (De imaginibus I 17 PG, 1248c).

· Santa Teresa de Ávila, ao ensinar as vias da oração às suas Religiosas, dizia:
“Eis um meio que vos poderá ajudar… Cuidai de ter uma imagem ou uma pintura de Nosso Senhor que esteja de acordo com o vosso gosto. Não vos contenteis com trazê-las sobre o vosso coração sem jamais a olhar, mas servi-vos da mesma para vos entreterdes muitas vezes com Ele” (Caminho de Perfeição, cap. 43,1).

· São Tomás de Aquino, também defendia o uso das imagens, afirmando: “O culto da religião não se dirige às imagens em si como realidades, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é imagem”.

A fim de dirimir as dúvidas sobre a questão, o Papa Adriano I (772´795) convocou o II Concílio Ecumênico de Nicéia, que se realizou de 24/09 a 23/10/787. Assim se expressou o Concílio, resolvendo para sempre a questão: “Na trilha da doutrina divinamente inspirada dos nossos santos Padres, e da Tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda a certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como a representação da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, quanto à de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos” (Catecismo da Igreja Católica, 1161).

A santidade que veneramos nos homens santos é dom do único Santo. Honrando os santos, glorificamos a Deus que os santificou. É um jeito de espelhar uma forma de viver, em que a glória de Deus foi manifestada. A veneração é semelhante àquilo que os filhos têm para com os pais, quando pedem algo a estes, elogiando-os, agradecendo-os... Fazem isso porque admiram, respeitam e amam os pais. Podemos observar isso no Catecismo da igreja Católica:

2132. O culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe os ídolos. Com efeito, a honra prestada a uma imagem remonta (63) ao modelo original e quem venera uma imagem venera nela a pessoa representada (64). A honra prestada às santas imagens é uma veneração respeitosa, e não uma adoração, que só a Deus se deve: O culto da religião não se dirige às imagens em si mesmas como realidades, mas olha-as sob o seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. “Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não se detém nela, mas orienta-se para a realidade de que ela é imagem (65).” (Catecismo da Igreja Católica, 2131-2132).

Portanto, devemos tomar muito cuidado, principalmente no que diz respeito à interpretação da sagrada escritura. Não podemos tomar uma posição radical e fundamentalista em detrimento dos fatos históricos, já que na própria Bíblia temos a seguinte recomendação de São Pedro: “Nelas há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras” (2 Pedro 3,16).

A Paz Inquieta de Jesus

Leonardo dos Reis Freitas
Grupo de Oração Jovem Maranathá-RCC
Ministério de Comunicação Social
Missão Caminho e Vida

2 comentários:

  1. Gosteeeei muuito Léeeo!
    Parabéeens, falou tudo que eu sempre quis falar mas nunca encontrei a palavra e nem tive essa inspiração, esse Dom que vc teem, Deeus te abençooe amado, Fica com Deus! abraços! :D

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  2. Louvado seja Deus por tua vida amigo!
    E ser cristão é assim, dizer a VERDADE sem medo, sem cessar!
    Graças ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo!
    Abraços!

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